As marcas próprias das cadeias de distribuição, mais conhecidas como marcas brancas, continuam a perder quota de mercado no ramo alimentar.
Uma tendência que não é nova, já que nos últimos anos tem apresentado um trajetória descendente.
Mas, nos produtos não alimentares, o peso destas insígnias está a subir.
De acordo com dados revelados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a venda de produtos de marca própria em 2014 representa 34,7% e 48,1% do volume de vendas global dos segmentos alimentar e não alimentar, respetivamente. Em 2013 representava 34,9% e 48,0% em 2013.
No segmento não alimentar - que abrange produtos como vestuário ou pequenos eletrodomésticos, por exemplo - há assim uma evolução do peso das marcas próprias.
No segmento da alimentação, acentua-se a descida contínua que estava a verificar-se em anos anteriores, que pode ser justificada com o facto de as marcas de fabricante estarem a apostar cada vez mais nas promoções, o que faz com que acabem por apresentar produtos a preços mais baixos.
Na alimentação, onde a oferta é superior, era possível encontrar preços mais baixos nas marcas próprias, desde que as marcas de fabricante não apostassem em campanhas de desconto.
Mas a realidade é que as promoções têm-se multiplicado, o que levou a uma mudança neste panorama.
Estes dados ganham importância numa altura em que, para muitas economias, o consumo durante o Natal representa cerca de dois terços da atividade económica e vão ditar as intenções de contratação da maioria das empresas.
Este ano, os gastos dos consumidores portugueses e irlandeses cresceram mais de 3%, em comparação com cerca de 2% na Alemanha, de acordo com um estudo da PwC.
Existem outras tendências mais recentes, em que o rendimento disponível e a taxa de poupança têm um papel na recuperação.
Analisando a forma como os consumidores deverão comportar-se este Natal, verifica-se que algumas economias periféricas da zona euro estão a mostrar uma reviravolta face a anos anteriores.
ESCRITO A 29 DE DEZEMBRO DE 2015