A formalização da criação da ARAAM, no dia 13 de Janeiro de 1987, decorre da necessidade de institucionalizar e corporizar o movimento nascido de encontros realizados nos anos anteriores, em todo o espaço rural do Alto Minho, de agricultores com agricultores, de sessões de informação e divulgação e da organização reivindicativa e associativa na busca de uma agricultura multifuncional e auto-suficiente, em muitos casos, complementar, noutros, e empresarial competitiva em alguns.A integração da agricultura portuguesa no contexto da PAC, acelerou a necessidade de institucionalizar o movimento.
A ARAAM é uma organização de Agricultores de âmbito do Distrito de Viana do Castelo, NUT Minho-Lima, com implantação junto dos respectivos subsectores agrários e tem como objecto estatutário (Artigo 4º) " 1 - A "Associação Regional dos Agricultores do Alto Minho" tem por objecto social e como actividade principal, defender o desenvolvimento agrícola e a prosperidade dos meios rurais”.
A Associação Regional dos Agricultores do Alto Minho tem, a título complementar, previstos nos respectivos estatutos, sem prejuízo da sua actividade principal, um conjunto de serviços de apoio ao rendimento, de extensão rural e aconselhamento agrícola, de assistência técnica, de qualificação e valorização profissional, de intervenção no sector em articulação com os seus associados e de representatividade institucional.
A ARAAM, ao longo do seu percurso histórico, criou condições que lhe permitiram operacionalizar as actividades planeadas, actividades de organização, reivindicação, formação e informação, sendo de registar a quantidade e qualidade da formação desenvolvida, alcançando, com acções adequadas, atempadas e localizadas em lugares dispersos e de difícil acesso, despertando os agricultores para a necessidade da actualização e aperfeiçoamento profissional, para as questões do empenho associativo, para a intervenção cívica e comunitária e para a melhoria da eficácia das respectivas explorações.
Apesar de prevaleceram condições adversas ao contexto da agricultura no quadro da política agrícola comum e nacional, o dinamismo que a ARAAM imprimiu à sua orientação estratégica e à organização e gestão dos serviços, permitiu-lhe chegar a significativa e satisfatória implantação na sociedade agrária da sua área social - os 10 municípios do distrito de Viana do Castelo.
A ARAAM é, entre outros, membro da Confederação Nacional da Agricultura, do Conselho Agrário Regional do Entre Douro e Minho, do Conselho da Bacia Hidrográfica do Rio Minho, do Conselho da Bacia Hidrográfica do Rio Lima, do Conselho Cinegético de Viana do Castelo e Caminha e do Conselho Consultivo das Estações Experimentais da DRAEDM, dos CLAS - Conselho Local de Ação Social dos municípios de Viana do Castelo e de Caminha, da Rede Rural Nacional e assume-se, decorrente de Concurso Público, como Delegação em Viana do Castelo da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes-
A ARAAM tem a estrutura orgânica e funcional aprovada em Assembleia Geral, anualmente consubstanciada no plano de actividades e orçamento que as suporta, executada pela Direcção, acompanhada e avalizada pelo Conselho Fiscal, e tem a sua acção avaliada anualmente através da elaboração e apresentação, à Assembleia Geral, do relatório de actividades, balanço e contas anual.
Os princípios organizadores que a ARAAM assume, têm inerente ao seu desempenho, a associação e a cooperação entre os seus membros como condição necessária para alcançar os seus objetivos específicos consubstanciados nas seguintes linhas de orientação:
• Apoiar e desenvolver iniciativas locais de desenvolvimento dos territórios rurais com vista ao aproveitamento eficaz e integrado dos diversos instrumentos de política de desenvolvimento disponíveis e à valorização do potencial dos recursos materiais e humanos;
• Apoiar a conceção, implementação, gestão de planos de ação enquadrados em iniciativas de desenvolvimento local nos diversos sectores de atividade agrícola, rural e turística;
• Desenvolver serviços agro-rurais e florestais capazes de fazerem diversificar as atividades em pequenas explorações agrícolas de modo a viabilizar e intensificar modelos de agricultura baseados na pluriatividade e na complementaridade do rendimento familiar;
• Incentivar um modelo de desenvolvimento rural abrangente dos diversos tipos de agricultores;
• Apoiar o desenvolvimento de produtos de qualidade;
• Manter, melhorar e alargar o funcionamento dos serviços de divulgação, informação, formação e apoio processual às candidaturas de ajuda ao rendimento dos agricultores;
• Promover práticas produtivas e novas competências no âmbito das adequações técnicas específicas às condicionalidades legais e da segurança, higiene e saúde no trabalho agrícola.
ESCRITO A 13 DE JANEIRO DE 2017